sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Outra estação

A sensibilidade é um aspecto comum ao ser, ainda mais quando este carrega em si um portal que dá no céu.

Aquele que traz nos olhos um brilho de estrela e há muito compreendeu o grande mistério da natureza, o culto ao amor, energia que sustenta a vida e o universo.

Aquele que brinca porque sabe a importância de se conservar a pureza de um coração jovial, simbolismo da inocência da criança, que olha a vida como um jogo, tal como um "deus" que se diverte com a criação.

Tal sensibilidade, é inerente ao espírito que sente na própria alma toda dor espalhada pela injustiça do homem com o outro homem.

De onde nasce uma ira precisa, no coração de um misterioso sentinela
que faz, a troco até de guerra, da paz sua missão.

Já não quer e nem precisa, da terra e suas matérias, mais do que:
Um solo para pisar, campos para florecer, belezas para embriagar e todo prazer da
vida, para sua essência alimentar.

Seu corpo é quente, pois, uma chama bem acesa traz consigo, para iluminar todas trevas e com suas trovas, consumir a ignorância ímpia.

Sua força vem da natureza, das aguas, dos rios e cachoeiras, sentado numa pedra, onde aprende com seus vizinhos, as canções de riacho, do vento e dos pássaros.

E apesar das aparências, vem montado, em galope, no olho do furacão, de onde enxerga tudo a sua volta.