sábado, 10 de outubro de 2009

Fragmento cotidiano - Cotidiano fragmentado

Manhã congelante de outubro, porém, em mim,
não havia manifestação nem de frio ou calor.
Era tomado pelo som e pelo caos da geléia,
toda a cidade, em seu estúpido movimento.
Parecia um velho teatro - da decadência.
Aqueles prédios antigos do centro da cidade,
imprimindo um tom de saudade; sem lar, sem fim.
Eu caminhava pé a pé.
E respirava, pó a pó.
Na esquina de sempre, o copo de café,
por apenas cinquenta centavos.
Bom para espantar o sono e saborear.
Em seguida, antes de começar o expediente, um cigarro.
Mais ou menos isso, todo dia.
Exceto por um sonho ou outro, mais estranho que o de costume.
Ou uma nova questão delicada, fazendo latifúndio naquela mente.
Hoje eu saí de casa com uma dessas na cabeça.
Onde será que isso vai dar?

Um comentário:

Paula Zilá disse...

é tao assim q nos pomos em um tipo devir de vez em qdo... um devir inquieto, questionador.